segunda-feira, janeiro 18, 2010

Do que somos nós


Mujeres.
Karmas e colos; neologismos e metáforas;
caras e bocas;
essências e incensos.
Essas coisas que nos captam as emoções, nos instigam e terminam por nos sugar. Por que elas tem que ser assim? Tão breves e tão plenas?
Retórica; livros, sequências deles e maquiagem, tanta maquiagem quanto alguém possa entender. Quem diria? Peguei-me por aqui, escrevendo poemas, recontando fábulas, devaneando com 'Paris'.
É, quem diria. Elas são assim.
Sua independência e arrogância me fazem delirar; quem dera fosse deliro passageiro, mas, é daqueles que caminham sutilmente, com pés de brandura e depois que capta seu olhar, já não o deixa sair da mira. Na verdade, não é nada mais do que o poder nato que elas deteem contra nós.

- E depois disso tudo, ainda me respondeu, baixinho, quando argumentei porque sempre acordava tão empolgada: - Se eu te dissesse que sonhei ser uma sereia?
Você sabe que toda vez que eu olhava e te via aí, sempre do meu lado, me jogando para cima, e única coisa que podia fazer era jurar ser uma pessoa melhor, não é mesmo?


Fragmento do que deveria ser um conto.

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