... the same blue sky.
Lembra de quando você dizia que o meu cheiro havia ficado em sua roupa? Ou de quando você me fazia assistir àqueles filmes cults pros quais não tinha a menor paciência? Hoje já não sou mais obrigado a assistí-los - se não é muito rude da minha parte falar assim - mas, dizer isso alivia os teus pedacinhos que ficaram em mim.
Sempre havia aquela atmosfera bonita entre nossas palavras e eu nunca entendi como alguém podia me controlar tão bem. Engraçado, não? Sempre fui eu o 'controlador'.
Você tinha o costume de ser enérgica dizendo que eu aprendesse com os meus erros e não deixasse que ninguém tentasse apagar qualidades em mim que eram únicas.
Lembra disso? Lembra de como me deixava feliz a cada manhã?
A felicidade que nos rodeava mesmo em dias nebulosos.
Hoje descobri que não és a menina de quem tenho tanta saudade. Não é do que fomos; é simplesmente do que Eu era antes de dar espaço para que você colocasse meu cheiro em suas roupas.
Somos indivíduos, sabe, e talvez você ainda não tenha compreendido o que significa essa palavra. Pessoas sozinhas que não preencherão a lacuna dentro de si furtando a carência do outro. Odeio afirmar que me perdi em ti e que os fragmentos de felicidade que me devotavas eram tão poucos que já não me sustentam mais.
Não debatíamos o amor, não tinhamos tempo para isso. Hoje nem o amor nos cabe mais.
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