terça-feira, dezembro 29, 2009

Sargaço-mar


( Das histórias que nos contam na cama, antes da'gente ir dormir )

Que se deve esquecer fulano; gostar de beltrano.
Se deve ser mais maduro; ter um cachorro.
Que se deve gostar de vermelho.
Se deve plantar uma árvore; crer no horóscopo.
Se deve ter mais amigos.
Se deve Fazer; Ter; Querer; Comprar; Ser, compulsivamente.
Se deve pertencer a algum estamento; alistar-se no exército;
Não esquecer de apagar a luz; de manter a família e não distrair-se nunca.
E minha poesia em pó solúvel? Quando sobra espaço pra ela?

( São coisas que nos contam, todas as vezes que ligamos a tevê )

Sabe quando temos a sensação de que já não sobrou nada do que antes era considerado essencial? Quando parece que tudo se dissipou com a chuva? Se teve uma coisa que aprendi, foi que só estamos realmente livres para nos entregarmos verdadeiramente a algo quando parece não sobrar nada ao nosso redor. Quando falta o que dizer e sobra o que deveria faltar.

( Aliás, esqueci de anotar teus recados, mas, foi só por hoje )

3 comentários:

  1. Oun obrigada flor, mais um blog com bobagens. Ao contrario dos seus, adorei, realmente Túlio tinha razão quando disse que você escrevia lindamente, serei assídua por aqui também.

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  2. Falar de Closer é covardia, a Natalie ofuscou a Julia.

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